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RITUAIS PARA O ANTROPOCENO: O PLANETA DOMINADO PELOS SERES-HUMANOS

Domingo 2 de fevereiro de 2025, 16h.

Oficina- residência Artística Express, duração: 4h.

Aforo limitado a 20 pessoas.

Sinopse:

Compartilhamento de pesquisa em formato de oficina-residência-artística express. As pessoas participantes serão convidadas a se envolverem com os restos da arte-pesquisa interdisciplinar y do processo criativo dos rituais para o antropoceno: o planeta dominado pelos seres-humanos, encontrando + metabolizando restos de violência(sss) do planeta dominado pelos seres-humanos armazenada(s) em seus próprios corpos + sistemas nervosos – através dos restos de práticas y processos criativos, cognitivos, psico-somáticos, pedagógicos, decoloniais, performativos, ritualísticos, cuir/kuir/queer, afetivos y relacionais; desenvolvendo suas próprias respostas artísticas performativas-interdisciplinares a esse processo de encontro + metabolização das violências ao final da oficina-residencia-artística.

Ao final do processo, um público será convidado a compartilhar + experienciar + testemunhar as respostas artísticas performativas interdisciplinares dxs participantes.

Público alvo:

Pessoas pretas/brancas/indígenas/pardas/racializadas que se identifiquem como: trans-, não-binárias, travestis, gays, viadxs, lésbicas, sapatonas, bisexuais, intersexo y/ou queer/kuir/cuir; e/ou muheres pretas/indígenas/pardas/racializadas que se identifiquem como cis- y/ou hétero, com experiencia em artes performativas y interesse no(s) tópico(s) da pesquisa.

Sobre o projeto

uma questão de gênero
entendendo-me como uma pessoa não-binária, em 2021 eu iniciei um projeto de arte-pesquisa interdisciplinar sobre homens +masculinidades, que se tornou uma pesquisa sobre homens + masculinidades + patriarcado, que se tornou uma pesquisa sobre homens & masculinidades patriarcais + violência(sss), que se tornou uma pesquisa sobre homens(-brancos-europeus) colonizando o mundo +dominando todo o planeta, que se tornou uma pesquisa sobre o antropoceno: o planeta dominado pelos seres-humanos.

vivemos todes na imaginação dos homens-brancos

todos os aspectos do mundo colonial-moderno-patriarcal-capitalista em que vivemos atualmente, uma vez imaginados pelos homens-brancos: roubo/apropriação de terras + escravidão + destituição + miséria + genocídio + ecocídio + colapso climático + extinção em massa de espécies + a possibilidade de nossa própria extinção. quem diria ser possível: a imaginação de um pequeno grupo de homens, de um pequeno continente como a europa, manifestada em um planeta inteiro (dominado por seres-humanos)? então todes nós devemos mesmo continuar imaginando outro(s) planeta(s) possíve(is).

(des-)humanizade por violência(sss) ao ser des-humanizade por violência(sss)

violências transfóbicas y homofóbicas, violências raciais, pelo deslocamento y exílio – entendi que eu não era um ser-humano. então comecei a me perguntar como seria um (outro) planeta para seres não-humanos como eu + outres como eu. y assim o meu projeto de arte-pesquisa interdisciplinar se tornou os rituais para o antropoceno: o planeta dominado por humanos uma série de 13 video-rituais performativos improvisados (ainda em pesquisa y criação) para encontrar + metabolizar a(s) violência(s) histórica(s), sistêmica(s), colonia(is), ecológica(s) y contínua(s) do planeta dominado pelos seres-humanos armazenada(s) em nossos próprios corpos + sistemas nervosos – antes de imaginarmos outro(s) planeta(s) possíve(is). (em tempos de mudanças planetárias sem precedentes.)

 

HUGO-HUGA X TIBIRIÇÁ (Rio de Janeiro, Brasil, 1989)

Performer, artista de vídeo e artes visuais autodidata, estudou teatro físico na école philippe gaulier em Paris (2013-2014). Desde 2021 é praticante de somatic experiencing (SE) e NARM – (neuroaffective relational model) ambas são técnicas psico-somáticas com foco na resolução de cargas traumáticas e traumas de desenvolvimento, relacionais, culturais y intergeneracionais guardados em nossos corpos e sistemas-nervosos.

Como artista interdisciplinar, pesquisadorx artísticx, praticante somáticx y facilitadorx de oficinas, já colaborou com instituições, festivais e coletivos independentes na alemanha e na europa, tais como: acud theater, altes-finanzamt queer-feminist collective, ballhaus naunynstraße, berliner ensemble, bonanzafest, burgtheater (áustria), callie’s, chão do rio (portugal), école philippe gaulier (frança), embodied resilience collective, gesturing towards decolonial futures (GTDF), hamburguische staatsoper, kampnagel, maison dora maar & hôtel de tingry (frança), myzelium projekt, nest – ruimte voor kunst (holanda), oyoun – kultur neudenken, partner in crime (áustria), ponderosa, radialsystem, schauspiel stuttgart, skinship – a touch-based place for kinship, spore initiative, staatsoper unter den linden, stretch festival, thalia theater, uferstudios, we.are.village, wiener festwochen (áustria), wiesbaden biennale & zk/u.

@hugo.huga.x.tibirica