LENTA PERSISTÊNCIA
Domingo 19 de janeiro, 16h.
Performance, duração: 60minutos
Sinopse:
Ao escutar as pedras, matéria com acúmulo de suas experiências, e sentir o peso delas no meu corpo, desobedeço assim à lógica de controle sobre a natureza, que na história do Ocidente, sua exploração de minerais ou de rochas, serve como a realização do capitalismo em forma de mercadoria, através da construção civil, do garimpo de pedras preciosas, e da extração de minerais como silício. Ou em forma de tempo de produção capitalista sobre os corpos, através de longas jornadas de trabalho e na velocidade da produção da mercadoria.
«Persisti em dilatar o tempo e fazer dele demorado e alargado, através da lentidão da ação de colocar pedras sobre meu rosto. Persistir em ser como o tempo das pedras. E como as pedras, sou a Lenta Persistência».
Lenta Persistência é uma performance duracional. A artista fica deitada nua no chão, tentando equilibrar pedras no rosto dela. A ação de colocar as pedras e elas caírem é repetida durante toda a performance.
CAMILA FLORENTINO (São Paulo, Brasil, 1985)
Artista interdisciplinar que transita entre o audiovisual, o teatro, a performance e a dança. Mestranda em Dança (PPGDan/UFRJ), pesquisando a cena expandida mediada por tecnologias digitais no GP Poéticas Tecnológicas: corpo audiovisual. Participou do projeto metaverso ITAARA. Realizadora do curta «Mórula». Performer e produtora do projeto O Feminino na Performance. Atriz nas peças Delirium Audio Tour, Rua carne entre as articulações e Má Pele.
@florentino.camila